Depois de uma breve introdução sobre planejamento e dicas práticas para organizar uma viagem para Myanmar, vou contar um pouquinho sobre nosso roteiro de 8 dias em Myanmar. Afinal, quem não ama roteiros, não é mesmo?!
Roteiro de 8 Dias em Myanmar
Como de costume, faço minha pesquisa online e apresento pros meus companheiros de viagem um roteiro baseado nessas pesquisas. A ideia era separar de 8 a 10 dias para conhecer um pouco de Myanmar, o destino central dos meus primeiros 23 Dias pelo Sudeste Asiático, um roteiro que incluiu também Bangkok e Railay Beach, na Tailândia, e Siem Reap, no Camboja.
Resumindo, nosso roteiro de 8 dias em Myanmar ficou assim:
- DIA 1: Yangon
- DIA 2: Yangon
- DIA 3: Bagan
- DIA 4: Bagan
- DIA 5: Lago Inle
- DIA 6: Lago Inle
- DIA 7: Mandalay
- DIA 8: Mandalay – Bangkok
Mas, por que Myanmar?!
Gosto muito de visitar países budistas e para mim era urgente conhecer Myanmar, já que o país tem passado por uma rápida transformação e muito provavelmente perderá em breve, se é que já não perdeu, um pouco da sua autenticidade por conta do turismo em massa.
Já falei disso aqui e acho que você tem sim que fazer escolhas conscientes em uma viagem pra um país politicamente tenso como Myanmar, ou melhor, suas escolhas devem ser conscientes e responsáveis independentemente do destino escolhido. Você não acha?
Passamos 8 dias em Myanmar e conhecemos os 4 principais destinos turísticos do país. Mas, perai! Oito dias não é pouco tempo não? Sim e não. Principalmente se você quiser viajar sem pressa. Mas, por outro lado, é tempo suficiente pra se APAIXONAR por esse país e por esse povo!
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Roteiro Detalhado: 8 Dias em Myanmar
DIA 1. Yangon
Nossa primeira parada em Myanmar foi Yangon, a principal cidade do país, casa da famosa pela Pagoda Shwedagon.
Leia também: Yangon, a maior e principal cidade de Myanmar
A chegada em Yangon, Myanmar
O processo de imigração foi tranquilo. Apresentamos nossos e-visas (vistos eletrônicos) e passaportes, e recebemos os carimbos. Sem questões. Já contei anteriormente no por Myanmar: Por Onde Começar como é a questão do visto e com o que você precisa se preocupar antes de viajar.
Logo na chegada fiquei impressionada com as propagandas da Mastercard – primeira operadora de cartão de crédito a funcionar no país – e da Samsung.
Do aeroporto até cidade
Entramos no táxi depois de trocar dinheiro no próprio aeroporto, e logo de cara a primeira impressão: Yangon é uma cidade bem grande, em crescimento explosivo. É considerada uma das cidades que mais cresce em todo o sudeste asiático. E tal ‘explosão‘ tem algumas consequências óbvias, como um trânsito infernal.
Justamente pra facilitar o deslocamento, nos hospedamos no Clover City Center Hotel, um hotel simples no centro da cidade. Se você é como eu, e não resisti a uma – ou duas – voltas pelo centro de uma nova cidade, apesar dos pesares, recomendo se hospedar nessa área. Nosso hotel era simples, com ar condicionado, e bem localizado.
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Como você vai logo perceber, os preços das diárias de hotel em Myanmar são bem diferentes do resto do sudeste asiático. É um país mais caro, que ainda está aprendendo. E a tendência dos preços é subir!
A Pagoda Shwedagon em Myanmar
Almoçamos no delicioso 999 Shan Noodle – recomendo! – seguimos de táxi até a grande atração da cidade, a Pagoda Shwedagon.
Fiquei hipnotizada pelas cenas que presenciei ali, e fotografei sem parar até anoitecer…
A Pagoda é tão antiga, e tem tanta história, que vale a pena um capítulo a parte só pra ela!
DIA 2. Yangon
Yangon Circle Line
O segundo dia começou cedo, antes da 6 da manhã, em tempo pra pegar o Yangon Circle Line, uma das coisas que eu mais queria fazer nessa viagem.
O trem sai da estação central Yangon Central Railway Station, e a passagem custa cerca de 1 dólar. Você deve ir até o guichê comprar sua passagem. Recomendo pegar o trem bem cedinho, para evitar o calorão do meio do dia, já que a viagem ao redor da cidade demora 3 horas.
Mercado Bogyoke Aung San
Enquanto estávamos no trem, meu pai visitou o Mercado Bogyoke Aung San, e adorou a experiência. Myanmar é casa dos melhores e mais hábeis artesãos do mundo. Prata, pedras preciosas, laca, you name it! Não dá pra resistir ao artesanato local!
Almoço imperdível no Monsoon, em Yangon!
Almoçamos no Monsoon, um restaurante MARAVILHOSO!
Pagoda Botatoung
E aproveitamos para visitar a Pagoda Botatoung, e seu interior coberto de ouro!
Chauk Htat Gyi Buddha
Depois uma passada rápida pelo Chauk Htat Gyi Buddha, e de volta ao Clover City Center Hotel.
Se eu tivesse mais um dia na cidade, teria feito o Free Yangon Walks. Senti que faltou muita coisa, e mal posso esperar para voltar. Pra você ver como são as coisas, meu pai e a Sofia não curtiram muito a cidade, e estavam ansiosos pelo próximo e mágico destino, Bagan!
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DIA 3. Bagan
Partimos de Yangon às 6 horas em direção a Bagan, ou melhor Nyaung-U.
Bagan é a cidade dos milhares de templos. Impressionante e arrebatadora. Um dos lugares mais especiais do mundo, com toda a certeza.
Depois do voo rápido, chegamos ao aeroporto de Nyaung-U. Você pode escolher ficar em Old Bagan, parte mais antiga, onde estão a maioria dos templos; New Bagan, vila um pouco mais a oeste, para onde foram mandados os moradores que moravam na Zona Arqueológica, e Nyaung-U, a parte mais comercial, próxima ao aeroporto.
Nós escolhemos o Bagan Umbra Hotel, que foi o hotel com melhor custo-benefício-localização, e logo já saímos pra explorar as pagodas. Pra isso você pode alugar bicicleta, bicicleta elétrica, contratar um carro com motorista ou uma charrete. O lugar é tão grande que fica praticamente impossível fazer tudo à pé.
A cada templo ou pagoda que visitávamos, sempre sem sapatos, era nítido estar mergulhando em uma cultura milenar quase intocada, apesar das centenas de europeus, americanos, chineses…
Almoçamos no Be Kind to Animals, The Moon, um dos melhores restaurantes vegetarianos que já comi na vida. Dica do Chicken or Pasta.
Uma das coisas essenciais, e que tornou essa viagem tranquila, sem qualquer problema, foi termos ‘pegado leve’. Sempre descansávamos no hotel depois do almoço, até 15.30, 16 horas, quando o sol dava uma trégua. Também, com uma piscina dessas, não dá pra não aproveitar, né?!
Depois do descanso, estávamos inteiros pra mais uma rodada de templos e pagodas. O primeiro pôr do sol foi inesquecível!
DIA 4. Bagan
O dia começou cedo, com um nascer do sol visto do alto de uma pagoda. Incrível, e emocionante! Neste dia cheguei sozinha, e me juntei aos estrangeiros no topo da Pagoda. Lembro de pensar na minha vida, e de como todas as minhas escolhas até aquele momento tinham me levado até ali. Vivi muitas experiências incríveis! Bagan é um dos lugares pra se visitar antes de morrer, com certeza!
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DIA 5. Lago Inle
Mais um dia de voo cedinho!!
Chegamos no aeroporto de Heho bem cedo, num voo rápido e tranquilo da Asian Wings. Apesar da tensão bimotor, deu tudo certo. Pegamos um táxi até Nyaung Shwe, às margens do Lago Inle. Onde nos hospedamos no Inle Apex Hotel. Um hotel simples, e simpático, onde combinamos o itinerário do próximo dia.
Mercado de Nyaung Shwe
Pra começar, fomos conhecer o Mercado de Nyaung Shwe, de onde voltei totalmente apaixonada. Acho que foi um dos mais lindos da viagem, e olha que fomos em muitos mercados!
Fiquei louca pelo longyi de uma das meninas do hotel, e pedi ajuda para encontrar um. Ela me recomendou este moço no mercado, que, na hora, transformou o pedaço de tecido que escolhi em longyi, a tradicional saia birmanesa.
Vinícula Red Mountain
Almoçamos na Vinícula Red Mountain, nas montanhas próximas à cidade. E como meu pai e a Sofia gostam muito de vinho, aproveitamos pra fazer a degustação dos vinhos locais.
De volta à cidade, eu estava ansiosa para finalmente explorar o Lago Inle, e ver os pescadores Intha, que mais parecem bailarinos, pescando com as pernas e pés.
Depois de um pôr do sol espetacular no lago, era hora de descansar para o tour do dia seguinte, que nos levaria para uma viagem incrível, um dos pontos altos da viagem, com direito a emoção.
DIA 6. Lago Inle
Saímos cedinho para o tour de barco pelo Lago Inle, que duraria o dia inteiro.
No lago os pescadores se movimentavam em busca dos peixes remando com as pernas e pés. Fiquei totalmente fascinada por aqueles movimentos, e por essa tradição, que deve ser preservada e embalada à vácuo, apesar do turismo crescente na região.
Todos os passeios de barco passam praticamente pelos mesmos locais, como o monastério Nga Phe Kyaung, – não vimos nenhum gato pular -, as principais vilas flutuantes, e as ilhas fluviais usadas como horta. Você também pode explorar a região de bike.
O mais interessante foi o passeio pelas vilas, observando o dia a dia daquelas pessoas, e como a vida delas é adaptada ao lago. Fotografei muito!
Leia também: Flutuando pelo Lago Inle
Indein
Porém, o grande destaque do passeio pelo Inle foi a vila de Indain (também chamada de Indein), no lado oeste do lago, que me chamou a atenção por ser simplesmente o lugar mais incrível que eu conheci na minha vida.
Não sei explicar. Depois de uma volta por um dos mercados mais incríveis da viagem, começamos a caminhar por uma floresta de ruínas. Antigas pagodas e estupas dividem seu espaço, e ser com a vegetação. O complexo é imenso, e caminhar por ele é viajar no tempo. Recomendo a visita!
De volta à Nyaung Shwe, depois de uma chuva torrencial no meio do lago, jantamos no restaurante The French Touch, um restaurante delicioso – e pra gringos -, com uma linda exposição de fotos e sessão de cinema sobre Myanmar.
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DIA 7. Mandalay
Mais uma manhã de aeroporto!
Dessa vez, do aeroporto Heho até o aeroporto de Mandalay foram cerca de 30 minutos de voo tranquilo, pero no mucho. Você sabe como é, quando bate a tensão bimotor, não tem que salve.
Do aeroporto até a cidade
Depois da viagem de 1 hora do aeroporto de Mandalay até o centro da cidade, chegamos no Royal Pearl Hotel, comemos uma coisinha rápida e já saímos pra explorar a cidade.
Passamos pelas Muralhas do Palácio Real, vimos maior livro do mundo.
Terminamos o dia com um pôr do sol na colina, em Mandalay Hill. Demais!
DIA 8. Mandalay e Arredores
No dia seguinte acordamos cedo pra ir pra Mingun e Sagain, e pra conhecer a famosa U Bein Bridge, a maior ponte de madeira do mundo.
Os artistas artesãos de Myanmar
Ficamos encantados pelos incríveis artesãos da cidade. Bronze, madeira, mármore. Cada um destes materiais tem um distrito na cidade onde trabalham os artesãos. Mandalay é um celeiro de incríveis artistas.
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Leia mais sobre Myanmar:
- Roteiro de 23 Dias no Sudeste Asiático
- Dicas Myanmar: Por Onde Começar?
- Roteiro de 8 Dias em Myanmar
- Descobrindo Yangon, a maior cidade de Myanmar
- Onde se Hospedar em Yangon
- Yangon Railway, nos trilhos em Myanmar
- Flutuando pelo Lago Inle, em Myanmar
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