Em 2013, exatamente 1 ano depois que mudei de rumo, eu desembarcava em Rio Branco, no Acre, pra viver a minha primeira aventura acriana. De lá, rodamos mais cento e poucos quilômetros até o município de Acrelândia, Brasil, quase Bolívia. Nossa base durante a viagem.
Quem me convidou e botou lenha nessa aventura foi o Marcelo, coordenador do Projeto Malária, professor e pesquisador da Parasitologia, no ICB (Intituto de Ciências Biomédicas) da USP, departamento que frequentei por muitos anos, durante o desenvolvimento dos meus projetos de mestrado e doutorado.
Mesmo depois de todos os anos de pesquisa com malária, estar em campo, em plena área endêmica era novidade e mistério pra mim. O Acre é quase uma lenda. Mesmo quem nunca pensou em conhecer o estado já se perguntou alguma vez na vida:
O Acre existe?!
Nossa rotina durante esta viagem era acordar bem cedo e rodar, diariamente, 120 km pela BR 364 e outros 50 de estrada de terra até o Ramal do Remansinho, no município de Lábrea (AM) um lugar muito peculiar na fronteira entre Amazonas, Acre e Rondônia.
Foi lá que aprendi o que significa uma estrada ruim, e como o ‘ser brasileiro‘ é muito maior, e envolve muito mais do que a nossa rasa realidade.
Sim, o Acre Existe!
Uma das coisas que mais me marcou durante esta viagem foi o importante papel da escola do ramal na vida das crianças e população local.
Uma das pesquisadoras do time preparou uma aula sobre vermes e verminoses, e a reação e atenção das crianças e dos adultos foi emocionante, e é um sentimento que levo sempre comigo. Separei essa galeria de fotos pra tentar dividir um pouco com você…
Emocionante, né?!
Essa viagem me marcou profundamente, e desde então onde quer que eu vá, estou sempre tentando encontrar o Acre…
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Oi como ficou lindo seu documentário do Remansinho, q pena que ainda estamos da mesmas condições.
Que legal! Eu tb já fui ao Acre (meu avô foi governador lá há décadas) e tb fiz um post dizendo que o Acre existe. Mas fiquei só na capital. Muito linda sua experiência e as fotos estão fantásticas
Valeu, Adriana!
Adorei ! Principalmente por mostrar a realidade do Acre ! Morei lá quando criança e não me recordo de muita coisa, mas sempre que digo que morei lá todo mundo pergunta se existe ! Continue com seu trabalho, é maravilhoso !
Muito obrigada, Iara!!!
Que legal esse trabalho… Eu também fui ao Acre, tenho raízes familiares lá, e fiz um post falando que o Acre existe sim. Eu adorei
Que legal, Adriana. Tenho um caso de amor com o Acre! <3! Obrigada pela visita.
O mesmo sentimento que compartilho em relação aos nossos vizinhos do norte: “como o ‘ser brasileiro‘ é muito maior, e envolve muito mais do que a nossa rasa realidade.” Realmente é raso nosso conhecimento da realidade desta região e pensamos que existe alguma “superioridade” do homem da cidade sobre o homem de cidadezinhas como Acrelandia ou Lábrea . Somos iguais, inclusive no sofrimento. Pude vivenciar isto ao visitar algumas cidades do Norte tb.
Abraços.
Estamos tod@s sob o mesmo céu, não é mesmo, Vaneza?! Obrigada pela sua visita e comentário.